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Vida a dois | E o casamento depois dos filhos?

O pensamento mais controverso que pode existir nesse mundo é: “Filho segura casamento!”. Pelo amor de Deus, quem falou isso com certeza não tem filhos e nem um pingo de noção do malabarismo que é viver um casamento com tanta atenção que uma criança demanda! Porém, minha mãe muito sábia e vivida que é, me disse algo que eu nunca esqueci: “Case com alguém que você ADMIRE e AME conversar, porque um dia a paixão vai acabar, mas a conversa e a admiração farão vocês se amarem e terem... Leia mais

O pensamento mais controverso que pode existir nesse mundo é: “Filho segura casamento!”. Pelo amor de Deus, quem falou isso com certeza não tem filhos e nem um pingo de noção do malabarismo que é viver um casamento com tanta atenção que uma criança demanda!

Porém, minha mãe muito sábia e vivida que é, me disse algo que eu nunca esqueci: “Case com alguém que você ADMIRE e AME conversar, porque um dia a paixão vai acabar, mas a conversa e a admiração farão vocês se amarem e terem vontade de estar sempre juntos!

E hoje, com minha pequena vida de 8 anos de casada sinto que é bem isso. Se hoje, com os meninos, eu fosse casada com alguém que o papo não me interessasse e/ou quem eu não admirasse, com toda a certeza, eu não estaria mais casada! É através das conversas com ele que o meu coração acalma, que os problemas ficam pequenos e os sonhos se encontram.

Lembrando um pouco dos tempos de namoro e de recém-casados, penso logo na tranquilidade que tínhamos para sair, ir ao cinema, conversar muito, namorar bastante e passar o fim de semana jogados no sofá tranquilos, só descansando da semana, e juntando forças para a próxima que viria. A convivência e proximidade eram muito fortes.

Daí, quando aquele bebezinho nasce, as coisas mudam da água para o vinho rapidamente. Arrisco até a dizer que para a proximidade e convivência do casal chega a ser algo devastador . Eu praticamente não consigo sentar. Assistir a um filme em casa com o meu marido é uma missão impossível com tantas coisas para fazer com as crianças. O diálogo do casal acaba diminuindo e sendo interrompido milhões de vezes. E o descanso… o que é descanso mesmo?

Ai eu penso: e o casamento? E a proximidade deliciosa que tínhamos antes das crianças? Eu vou falar com toda a sinceridade: morro de saudades de estar com ele no sofá, deitar em seu colo e conversar por horas. Essa história de ser cuidada me faz falta, principalmente, porque cuidamos e nos preocupamos com os filhos o dia todo.

A sensação que eu tenho é que depois de termos filhos, realmente, temos que fazer uma força grande para continuarmos conectadas e de mãos dadas com o nosso parceiro. Acredito que para viver bem um casamento após a chegada dos filhos não basta só amar. AMAR é muito, mas já não o suficiente nesse momento! É preciso empenho dos dois lados e olhar o outro mesmo em um dia difícil com as crianças ou no trabalho. Sei bem que tem dias que não temos vontade de nada… nem de olhar, nem de conversa e muito menos de sexo! Sexo? O que é sexo mesmo?

Vamos largar de hipocrisia: o sexo depois de algum tempo de casados e PRINCIPALMENTE depois dos filhos diminui… não dá vontade de transar todos os dias como nos tempos de namoro. E nem precisa ser assim, afinal, estamos vivendo uma outra fase da vida. Mas nos momentos que acontecerem, se vocês estiverem realmente conectados, será especial!

E essa conexão, como acontece? Na minha opinião, realmente não existe um segredo mágico para isso. A conexão se faz através de pequenos gestos e da conversa do dia a dia. E se isso não existir, como vai rolar sexo?  Lógico que viajar a dois, arranjar alguma maneira para poderem dar uma volta, irem ao cinema, ou mesmo se não der, por mais cansados que estejam, em algum dia da semana, ficarem acordados até mais tarde mesmo que em casa, assistindo a um filme, namorando ou fazendo algo gostoso para comerem também ajuda muito.

Mas o que eu vejo muito (e que eu já fiz) são mulheres que acabam se apropriando de todas as funções com as crianças e inconscientemente (ou conscientemente também) terem mágoa e até raiva dos maridos por eles não participarem dos cuidados e afazeres dos filhos. E é esse o princípio do fim! Com isso os casais vão se afastando, a mulher só reclama, se queixa, e o homem mesmo que queira, não consegue mais lidar com as questões da criança, já que a mulher dominou todas as funções. O problema é que na maioria das vezes a mulher pensa que se não cumprir com todas as funções com as crianças não é uma boa mãe. Ai então, não deixa o parceiro participar. Nesse momento, o romantismo já foi embora, as conversas se limitam as necessidades da casa e das crianças, e o sexo não existe mais.

Caramba… é é isso mesmo! Totalmente isso! Por isso se aproprie do que você consegue carregar e, quando estiver difícil, saiba falar… É super importante para os pais saberem que conseguem cuidar dos filhos e que são essenciais.

Hoje em dia as pessoas estão muito imediatistas! Sou total a favor do: está infeliz? Separa. Claro, não dá para viver infeliz. Entretanto, as pessoas estão muito egoístas e não conseguem mais olhar o outro e abrir mão de algumas coisas. Lógicamente com filhos, tudo toma proporções maiores fazendo com que aconteçam muitas separações. Por isso, acho que antes de decidir pela separação, o casal deve empenhar-se com todas as forças para que dê certo. Porque a real é mesmo essa:o casamento não é assim um mar de rosas, mas o amor ah…o amor junto com o empenho e parceria do casal supera tudo!

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O Tempo e a Tecnologia

Tenho reparado muito como nós mulheres, principalmente as mães, vivemos uma vida louca nesses tempos de infinitas possibilidades e muita tecnologia. A sensação é que existe uma sobrecarga de afazeres desde a hora que acordamos até a hora que vamos deitar. Estamos vivendo como se nosso tempo por aqui nunca fosse acabar. É uma correria maluca e parece que sempre estamos devendo algo para alguém não é mesmo? No início eu achava que toda essa tecnologia só nos ajudaria a economizar tempo e dinheiro e que seria ótimo nos... Leia mais

Tenho reparado muito como nós mulheres, principalmente as mães, vivemos uma vida louca nesses tempos de infinitas possibilidades e muita tecnologia. A sensação é que existe uma sobrecarga de afazeres desde a hora que acordamos até a hora que vamos deitar.

Estamos vivendo como se nosso tempo por aqui nunca fosse acabar. É uma correria maluca e parece que sempre estamos devendo algo para alguém não é mesmo?

No início eu achava que toda essa tecnologia só nos ajudaria a economizar tempo e dinheiro e que seria ótimo nos aproximar, mesmo que virtualmente, de pessoas que não fazem mais parte do nosso dia a dia. Hoje eu vejo que sim, claro, existem muitas vantagens, mas por outro lado tenho impressão que esse mundo high tech está nos devorando. Tenho me assustado muito porque a verdade é que temos que dar conta de tudo e o celular não para: E-mails,  Mensagens no whatsup, Redes Sociais, nossa é coisa demais! Queremos que o nosso tempo seja cada vez maior para conseguirmos fazer tudo, quando na realidade os nossos dias continuam tendo as mesmas 24 horas que sempre tiveram.

E nessa história, com toda a certeza, as mulheres são as mais prejudicadas! Por que? Simples, porque além dos filhos, da casa, do trabalho, do marido, do livro, do lazer, que já são pontos super conhecidos há décadas, ainda temos que dar conta da tal da tecnologia que demanda muito tempo! Então, acabamos apertando inúmeras atividades no nosso pequeno dia, corremos pra lá e pra cá para que  no finzinho do dia, com muita força, sobre alguns minutos para fazermos algo que gostamos. Alguns minutos? Como assim?

Penso que essa vida acelerada demais que estamos levando é um verdadeiro equívoco. Não dá para viver assim, é praticamente uma tortura lutar para termos tempo para nós mesmas. Em função disso comecei a pensar em algo que tem me ajudado muito a lidar com tantos afazeres que é o seguinte: menos é mais ! Muito mais no que diz respeito a qualidade de vida! Não dá para ficarmos completamente malucas cuidando das crianças, de todo o resto e ainda por cima respondendo e-mails, mensagens quando na verdade devemos parar, olhar em volta e tentarmos capturar o que realmente achamos importante, porque se deixarmos a tecnologia dominar, até o que é importante ficará de lado, e isso é assustador!

Por isso o conselho é identificar tudo o que incomoda, e chamar tudo isso  de “problema” para que possa ser resolvido da melhor maneira e assim melhorar sua qualidade de vida!

E olha, não estou dizendo aqui que temos que abandonar a tecnologia e o trabalho para viver bem. Acho que o que precisamos é sermos mais seletivos, objetivos, e gastarmos menos tempo com o que não tem grande relevância, ou com o que não gostamos de fazer Ex: Supermercado, para quem não gosta, é muito ruim ter que ir mais de uma vez por semana . Dessa maneira a melhor dica é organizar tudo. Veja o que está faltando e conte que só voltará para fazer compras em uma semana. Outro Ex: Tecnologia, se você acha que ela está te engolindo, esqueça o celular em momentos que você quer focar no que ama. A reunião familiar acaba sendo no período da noite, por isso nesse período é importante que o foco seja a família e a convivência. Concorda que não tem problema algum responder os e-mails e as mensagens no outro dia. Entendem do que eu estou falando? É dessa afobação e imediatismo que a tecnologia tem causado em nossas vidas! Vamos tentar ficar só com o que tem de bom nela?

O fato é que precisamos tomar as rédeas do nosso tempo e entender a realidade que ele traz, não dá para vivermos como se ele não tivesse fim. Tentar aumentá-lo é uma ilusão e um erro porque o que devemos fazer é respeitá-lo e viver de verdade cada momento focando no que realmente importa! Vamos valorizar nosso tempo buscando caminhos para que possamos aproveitar e viver verdadeiramente várias áreas da nossa vida com a tão sonhada qualidade de vida!

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O tempo antes e depois da maternidade

Quando o meu tempo era só meu, eu passava horas em frente ao espelho me arrumando para sair. Tomava banho tranquilamente, almoçava calmamente, e gastava o tempo que achava necessário para comer e conversar com quem fazia as refeições comigo. Varava a noite assistindo 3 filmes seguidos se tivesse vontade. Quando saia no sábado a noite e chegava em casa, tirava a roupa tranquilamente sem me preocupar se ia fazer barulho. Deitava sem pensar na hora que eu teria que acordar, e dormia igual a uma pedra pois não... Leia mais

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Quando o meu tempo era só meu, eu passava horas em frente ao espelho me arrumando para sair. Tomava banho tranquilamente, almoçava calmamente, e gastava o tempo que achava necessário para comer e conversar com quem fazia as refeições comigo. Varava a noite assistindo 3 filmes seguidos se tivesse vontade.

Quando saia no sábado a noite e chegava em casa, tirava a roupa tranquilamente sem me preocupar se ia fazer barulho. Deitava sem pensar na hora que eu teria que acordar, e dormia igual a uma pedra pois não tinha preocupação com nada. No dia seguinte, passava o dia todo jogada no sofá vendo o domingo passar diante dos meus olhos, só ali deitada e descansando. Alternava, do sofá para a cama, da cama para o sofá. Até que logo a minha mãe falava: Thaís venha almoçar!

Quando o meu tempo era só meu, eu tinha muito tempo para fazer o que eu quisesse ou para não fazer nada.

Ligava para as minhas amigas e passava horas ao telefone, com o namorado mais horas e horas conversando, a orelha até doía. Meu pai entrava na linha e falava: Thaís está na hora de desligar!!! Quase morria de vergonha!

Era um tempo em que minha avó vinha em casa e falávamos de tudo, passávamos horas tricotando como ela diz.

Agora que o meu tempo não é todo meu, aliás, agora que o meu tempo quase não é meu, eu me olho pouquíssimo no espelho. Tomo banho de 5 minutos se for necessário. Nas refeições, como diz uma grande amiga minha, praticamente nem mastigo a comida, engulo direto os alimentos pois sempre tem alguém me chamando de dois em dois minutos.

Em casa quase não assisto filmes, pois quando os meninos dormem e eu penso em assistir algo, o sono é tanto que eu acabo dormindo. Só assisto se for no cinema e, mesmo assim, se o filme não for muito bom, acabo dormindo de tão cansada.

Meu tempo hoje em dia é cronometrado: fazer NADA já não faz mais parte da minha vida.

Agora que o meu tempo não é todo meu, eu chego em casa de um jantar na ponta dos pés, não deixo o meu marido puxar a descarga em hipótese alguma para não acordar os meninos. Tiro a maquiagem em dois segundos, escovo os dentes rapidinho, enfio o pijama e corro para a cama.

Entretanto, no dia seguinte, tenho dois meninos lindos pulando na minha cama e dizendo “vamos acordar mamãe já está de dia”! Por mais que seja difícil acordar, acordo feliz pois tem alguém que me espera e depende de mim.

Agora que o meu tempo não é nem de longe só meu, tenho os sorrisos e as gargalhadas. Tenho alegria pela casa, beijo a toda hora e abraços apertados. Tenho criança para cobrir, contar histórias e dar beijo na hora de dormir. Tenho bochechas para beijar a hora que eu quiser. Pescoçinhos deliciosos para fazer cosquinha. E  o mais importante, sou o melhor colo para consolar.

Sempre que volto do trabalho ou de algo que estava fazendo na rua, tenho eles ansiosos esperando por mim e me contando o que fizeram enquanto eu não estava.

Com tudo isso penso que a verdade é uma só: o que eu perdi em tempo para mim, eu ganhei em tantas outras coisas que é impossível mensurar. Mas o que eu realmente sei é que ganhei uma árdua e deliciosa responsabilidade de ser mãe com tudo o que dói e tudo o que é delicioso. Amo os meus filhos! Amo ser mãe!

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