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Como negociamos em nosso relacionamento?

Nestes últimos dias andei me deparando com uma questão. Como os casais fazem os seus acordos? Essa questão veio depois de alguns encontros com pessoas próximas e também recém casadas. A conversa estava engraçada, pois cada casal ia contando o que o outro fazia e que acabava incomodando , principalmente as bagunças de cada um. E o que cada um considerava como bagunça, também (isso pode ser muito particular rsrsrs). Claro que junto com a forma engraçada de contar, vinha uma mensagem : precisamos conversar sobre os espaços de... Leia mais

Nestes últimos dias andei me deparando com uma questão. Como os casais fazem os seus acordos?

Essa questão veio depois de alguns encontros com pessoas próximas e também recém casadas. A conversa estava engraçada, pois cada casal ia contando o que o outro fazia e que acabava incomodando , principalmente as bagunças de cada um. E o que cada um considerava como bagunça, também (isso pode ser muito particular rsrsrs). Claro que junto com a forma engraçada de contar, vinha uma mensagem : precisamos conversar sobre os espaços de cada um dentro de casa. Penso que isso deve acontecer a vida toda, pois alguns aspectos da pessoa podem mudar, mas outros não. E, aí ? Como lidamos com isso? Em algumas situações não importa o tamanho da casa. Se o casal não conversar, os limites de cada um podem ser ultrapassados. Considero que seria de grande utilidade pensar, também, naquilo que não nos incomoda. E assim, tentar ir ajustando um pouco essas situações.

Fiquei pensando, também, na infinidade de acordos que envolve a vida de um casal. Uma parte é plenamente consciente e falada, uma outra, mais inconsciente, faz parte das nossas heranças, daquilo que fez parte das nossas vidas com as nossas famílias de origem (pais, mães, madrastas, padrastos, irmãos , meio-irmãos e  avós). Essas heranças contribuem muito para os nossos comportamentos, pois eles tinham uma função antes. O meu jeito de ser na casa dos meus pais, tinha um significado e o meu jeito com o meu marido tem outro significado.
O que quero dizer com isso? Quero dizer que relacionamos de forma diferente com cada um. Como assim? Cada pessoa vai despertar em mim características diferentes, porque são pessoas diferentes.  Em muitos casos, uma parte dessas heranças precisam ser adaptadas  na nova vida para que outras sejam criadas. Umas serão mais tranqüilas e outras menos. (Ps: tema que pode virar um novo texto no futuro…rsrsrsr)

Um outro complicador, é a mudança dos comportamentos ao longo dos anos.Décadas atrás, os acordos eram mais claros e estipulados pela sociedade. O papel do homem e da mulher eram bem específicos. Por exemplo: o papel do homem no sustento da família e a mulher de cuidar dos filhos, marido e casa.  Mulheres não eram bem vistas se saiam sozinhas e se não fossem virgens antes do casamento eram muito mal faladas.
Hoje, a vida é mais complexa, as mulheres trabalham muito fora de casa e os homens podem ajudar nas atividades da casa e dos filhos. As responsabilidades de cada um são estipuladas de forma muito mais particular. Não existe mais um padrão. Desta forma, chegamos nos nossos casamentos com aquilo que vivíamos nas casas dos pais, mais o que foi passado pelos avós e ainda as características da nossa geração. E ainda  temos que juntar com toda a bagagem do nosso parceiro.
Ufa!! Quanta coisa!!!  Como lidar com tantas heranças, mitos e crenças ??
Tudo isso começa no namoro, mas de forma mais leve. Como: a conta do restaurante deve ser dividida? E de que forma?  Onde o casal de namorados vai almoçar, jantar, passar as ferias? E por aí vai…
No casamento, os acordos ficam mais complexos. Inicia com a decisão da mudança de estado civil. Um acordo, já foi feito no momento em que os dois decidem viver juntos. Depois há outro, menos romântico e as vezes controverso, o regime de comunhão de bens. Item importante atualmente, principalmente por causa do grande número de divórcios!
Depois todas as decisões tomadas na preparação da festa. Como cada casal passa por este momento, pode refletir em como serão as negociações futuras deles. Parece bobagem, mas não é.
Aí, quando o casal passa a morar junto, são outros acordos a serem feitos. As novas funções, como administrar o dinheiro e  lidar com as famílias de origem e a família do outro, as vontades individuais e os compromissos do casal.
Considero importante que o casal sempre possa conversar sobre as decisões tomadas em conjunto e poder estar aberto para poder renegocia-lás. A vida vai mudando e os acordos também! Poder escutar o outro é uma forma de respeito, mais ainda é poder identificar o que damos conta de fazer e se não dermos, falar e tentar outras possibilidades. Quando devemos ceder e quando não podemos abrir mão de algum ponto de vista. Percebo, que a paciência é muito importante!!! Cada um tem um tempo especifico para se adequar com novas situações e jeitos de ser e como o casal vai se ajustando contribui para que tudo isso ocorra de forma mais fácil  ou mais complicada.

Bom, fico por aqui! Até a próxima…

Beijos, Ju!

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