Essa semana vou compartilhar com vocês a experiência que tive ao visitar o PAMM (Pérez Art Museum), em Miami. Conhecida pela sua vida noturna e shoppings, tem tido como novos points a Art Basel, o bairro Design District, galerias e agora o PAMM que foi reinaugurado em dezembro de 2013. Esse espaço reúne de tudo um pouco do que Miami pode nos oferecer, clima, vegetação, diversidade cultural, e lazer. O Museu é passagem obrigatória em Miami para gosta de arte e design! Em 2004, o conselho do pequeno... Leia mais
Essa semana vou compartilhar com vocês a experiência que tive ao visitar o PAMM (Pérez Art Museum), em Miami. Conhecida pela sua vida noturna e shoppings, tem tido como novos points a Art Basel, o bairro Design District, galerias e agora o PAMM que foi reinaugurado em dezembro de 2013.
Esse espaço reúne de tudo um pouco do que Miami pode nos oferecer, clima, vegetação, diversidade cultural, e lazer. O Museu é passagem obrigatória em Miami para gosta de arte e design!
Em 2004, o conselho do pequeno Miami Art Museum, fundado em 1996, saiu em busca de um terreno público e de US$ 100 milhões da prefeitura para a criação de uma sede definitiva e ampliação do seu acervo. Donos de grandes coleções de arte contemporânea da Flórida que fundaram seus próprios espaços expositivos e costumam organizar mostras que se tornaram um must nas regiões de Wynwood e do Design District, vinham sentindo a falta de um museu de arte moderna e contemporânea comparável ao das grandes cidades do mundo.
Mais recentemente, no entanto, outros colecionadores milionários e menos conhecidos entraram em cena com doações importantes ao Pamm. Boa parte dos US$ 220 milhões necessários foram levantados graças à generosidade e à vaidade de alguns que, ao doarem, garantem seus nomes batizando o restaurante, o café, o terraço, o corredor ou um degrau, tudo de acordo, é claro, com o valor. Jorge Pérez, de origem cubana e construtor de torres residenciais em South Miami, ganhou o direito de chamar de seu o novo museu por ter doado US$ 40 milhões – a maior de todas as doações privadas, metade em dinheiro, metade em arte.
Projetado pelos arquitetos suíços Herzog & de Meuron, foi erguido em um terreno beira-mar com vista para a Baía de Biscayne, o projeto contempla três andares, sendo dois de vidro a prova de furacão, construídos entre uma cobertura vazada e uma plataforma de onde degraus quase do comprimento das laterais do prédio nos levam a um parque ou a uma passarela à beira-mar. Com quase 200 mil m², o museu contribui para a revitalização do centro de Miami. Levando em conta o clima e a vegetação local, o projeto faz questão de integrar os espaços expositivos internos e externos, utiliza-se do concreto em diferentes texturas e tons, cria possibilidades de futura expansão e permite que a área da escadaria interna – em geral um espaço mal aproveitado em museus – possa se transformar em auditório.
Na área externa as colunas que pendem da cobertura caem como cascatas verdes, são os jardins verticais, assinados pelo paisagista francês Patrick Blanc.
Achei interessante a citação que o arquiteto Jacques Herzog faz sobre o museu; “Eu acho que algo que poderia tornar-se uma espécie vernacular é um edifício específico para este lugar”, continuou ele, comparando arquitetura a uma receita: “Os ingredientes aqui são o clima, a vegetação, a água, o sol. O edifício deve responder a todas essas coisas”, disse ele. “Como cozinhar no inverno é diferente para cozinhar no verão, porque você não tem os mesmos ingredientes que você não deve fazer as coisas que fazem sentido no verão, no inverno.”