Ir ou não ir? Vou ou fico? Ficar e se arrepender, ou ir e se aventurar? Viajar, deixar os filhos, e tudo o que envolve essa história é um grande dilema (bom pelo menos para mim). Dez milhões de coisas passam pela minha cabeça… A primeira é pensar em alguém para ficar com eles. Deve ser alguém que eles estejam acostumados e que tenham confiança. Após decidir e acertar com quem vão ficar, começam as perguntas: E se eles ficarem doentes? E se sentirem as saudades que eu sentia... Leia mais
Ir ou não ir? Vou ou fico? Ficar e se arrepender, ou ir e se aventurar?
Viajar, deixar os filhos, e tudo o que envolve essa história é um grande dilema (bom pelo menos para mim). Dez milhões de coisas passam pela minha cabeça… A primeira é pensar em alguém para ficar com eles. Deve ser alguém que eles estejam acostumados e que tenham confiança. Após decidir e acertar com quem vão ficar, começam as perguntas:
E se eles ficarem doentes?
E se sentirem as saudades que eu sentia da minha mãe quando era pequena? (Eu tinha muita saudade da minha mãe quando ficava com a minha avó)
E se o avião cair? (Sei que é um horror pensar isso, mas eu penso…)
E se meus pais cansarem muito? (Sou tão preocupada com isso pois sei que meus filhos são minha responsabilidade e não deles.)
Bom, são tantos “e se…” que acho melhor parar por aqui senão enlouqueço!
Enfim, cá estou eu de malas prontas para partir amanhã! Meu coração fica apertado dentro do peito, dá um nó na garganta, tenho insônia e, só de pensar nos meu filhos, fico com vontade de chorar.
Mesmo assim, com tudo isso, penso como é importante para mim e para o meu marido esse momento em que voltamos a ser só nós dois! Namorar, passear, reconectar-se ao outro é algo fundamental para o casamento. E com um casamento feliz somos mais felizes e criamos crianças mais felizes. Além disso, merecemos descansar e renovar as energias. Para as crianças, acaba sendo um grande aprendizado perceberem que também podem ser cuidadas pelos avós que são pessoas completamente diferentes dos pais. Na minha opinião, com essa experiência tornam-se mais seguros e independentes.
É bem difícil essa decisão de ir ou não ir, mas realmente escolho me aventurar, sair dessa caixa confortável e segura que é o meu lar onde estou com os meus pequenos. Sei que se eu não for, certamente me arrependerei dos lugares que eu poderia ter conhecido, dos beijos que eu poderia ter dado, das histórias que poderia ter vivido e, principalmente, da experiência nova que os meus filhos poderiam ter vivenciado .
Afinal ser uma mãe fora da caixa é isso… sair da zona de conforto, e buscar a felicidade por mais complicado que pareça. Porque no fim tudo termina bem: voltamos para casa felizes, com muitas histórias para contar e amor para dar! É isso aí!
Depois de escrever esse post, me senti mais segura. Olhem só as minhas respostas para as minhas perguntas que tem me assombrado nessa véspera da viagem:
Se ficarem doentes? Minha mãe cuida, afinal já cuidou de mim e da minha irmã a vida toda.
E se sentirem saudades? Vão aprender a lidar com esse sentimento que faz parte da vida.
E se o avião cair? Não vai cair! Andar de avião é mais seguro que andar de carro!
E se meus pais cansarem muito? Se eles cansarem, quando voltarmos eles terão muito tempo para descansar. Afinal, só peço ajuda uma única vez por ano. E pode ter certeza que adoram ficar com os netos, e fazem isso com muito amor!
Por isso vou em frente, sem medo de ser feliz!
Thaís Vilarinho
Imagem via Mindful Living Network